quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Rio de Janeiro - Capital

Gripe Suína
A volta às aulas da rede estadual do Rio será adiada para o dia 17 de agosto, conforme anunciou o secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes. A medida, que visa previnir a disseminação do vírus da gripe suína que já matou 19 pessoas no Rio, servirá de recomendação para as redes municipal e privada de educação. Na quarta-feira, haverá nova reunião para decidir se essa data ficará mantida ou se haverá mais um adiamento.
A secretária estadual de Educação, Tereza Porto, disse que com o adiamento da volta às aulas para o dia 17 haverá mudanças no calendário escolar. Os alunos só entrarão de férias no dia 22 de dezembro. Para dar conta da reposição de aulas, será preciso ainda estender as atividades escolares por oito sábados. O secretário estadual de Saúde, Sérgio Cortes, disse ainda que a prorrogação das férias, recomendada também à rede particular, é causada pelo zelo do governo. O prefeito Eduardo Paes disse que o município vai acompanhar a decisão do estado.
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Na semana passada, o retorno às atividades escolares nas escolas públicas, que seria no dia 3, já fora transferido para o dia 10.
A Universidade Federal Fluminense (UFF) decidiu adiar o início do segundo semestre, que estava marcado para o dia 10 deste mês. A instituição, que ouviu especialistas antes de tomar esta decisão, vai aguardar fatos novos quanto à evolução da doença, e na próxima quarta-feira, dia 12, emitirá outra nota oficial sobre o possível retorno no dia 17 ou em data posterior. A Universidade Estácio de Sá decidiu nesta terça-feira suspender as aulas, que começaram semana passada, e reiniciá-las no dia 17.
Grávidas representam por 39,5% das mortes por gripe suína
Diante do crescente número de óbitos em decorrência da gripe suína, especialistas já defendiam um novo adiamento da volta às aulas no estado do Rio para conter a disseminação da doença.

O presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), Luis Fernando Moraes, ressalta que a medida é necessária pois não há nenhum sinal de que o surto de gripe suína esteja sob controle ou em diminuição. Segundo Moraes, todas as ações para contenção do vírus devem ser reavaliadas dinamicamente. Moraes explica que a medida é eficaz porque as crianças se contaminam no colégio e levam a doença para casa e a transmitem para os familiares:
- As crianças muito novas, além de serem parte do grupo de risco, não têm o cuidado de espirrar corretamente, de lavar as mãos. Elas brincam, se abraçam, interagem muito nos recreios e acabam levando o vírus para dentro de casa.
Além disso, as crianças mantêm o vírus por mais tempo no corpo e mesmo após curadas dos sintomas podem transmitir a doença, conforme explica o infectologista e presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio, Celso Ferreira Ramos Filho.
O chefe da pediatria da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Marcos Lago, vai além e defende que a suspensão das aulas dure até o fim de agosto:
- Essa epidemia começou agora, mais ou menos no mês de julho, ela deve ter um pico no mês de agosto, e terminar, até no máximo, no meio de setembro. As crianças são grandes disseminadoras do vírus, não que elas tenham necessariamente mais risco de adoecer ou de ter agravos importantes, isso é uma outra historia, mas elas realmente disseminam mais o vírus, passam mais tempo passando o vírus para as outras pessoas - disse Lago, em entrevista ao RJ-TV

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